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Associação de surfe divulga regras durante época da tainha no Farol de Santa Marta

Associação de surfe divulga regras durante época da tainha no Farol de Santa Marta

Durante o período entre 1º de maio a 30 de junho é proibida surfar na Prainha do Farol. A prática ainda é regrada nas praias do Cardoso e da Cigana 

Há anos, a pedido dos pescadores artesanais do Farol de Santa Marta, os surfistas locais divulgam este conteúdo com o intuito de alertar aos surfistas sobre a temporada de pesca da tainha e as restrições que esta prática traz ao surfe. O Farol de Santa Marta é uma das regiões onde a convivência entre surfistas e pescadores é uma das mais harmônicas do Estado. A Associação de Surf e Tow-in do Farol de Santa Marta (ASTFSM) preza pela parceria e pelo bom relacionamento com os pescadores locais e respeita e valorizar a prática da pesca artesanal, que sustenta diversas famílias na região, além de manter viva a cultura.

SURFE NA REMADA

Em 2013, o pescador Adinho (proprietário do Restaurante Maré Mansa e pai do surfista Bebeto Santiago), da Prainha do Farol, o qual mantém a tradição da pesca artesanal há muitas gerações, solicitou a transmissão das seguintes informações: “A pesca de cerco da tainha é uma atividade que já acontece há muitas gerações no Farol de Santa Marta e deve ser respeitada, tanto pela manutenção da cultura da pesca artesanal na comunidade, quanto pelo sustento de diversas famílias pesqueiras da região”.

Durante este período é proibida a prática do surfe na Prainha do Farol, e regrada nas Praias do Cardoso e da Cigana. Caso os pescadores estiverem realizando o cerco, os surfistas devem sair da água e aguardar o término da atividade para entrar novamente. Nas outras praias do Cabo de Santa Marta segue o mesmo regramento imposto nas praias da Cigana e do Cardoso.

Ainda conforme Adinho, “não há como proibir a prática do surfe nas praia do Cardoso e da Cigana durante o inverno, pois grande parte das famílias da região obtêm sustento por meio do turismo também, e os surfistas são quem movimentam o turismo durante o inverno (baixa temporada), locando casas, alimentando-se em restaurantes e comprando nos mercados e lojas”.

Na maioria das praias do extremo sul catarinenses não há muita restrição quanto ao surfe durante a temporada de pesca, porém, é aconselhável que os surfistas sempre observem se há algum grupo de pescadores procedendo com o cerco e, se houver, não devem entrar na água. Também é aconselhável que sempre perguntem aos pescadores locais sobre como funciona o regramento do surfe no local durante a temporada de pesca. Desta forma, basta o surfista ter bom senso nos momentos em que os pescadores estiverem no exercício da sua atividade pesqueira.

TOW-IN

Como, durante na temporada da pesca, os pescadores têm a preferência de uso da praia para o desenvolvimento das atividades pesqueiras tradicionais, eles pedem que não haja a prática do tow-in no Farol de Santa Marta, pois o barulho e o movimento da moto aquática podem afastar os cardumes de peixes que se abrigam próximo à Ilhota das praias do Cardoso e da Cigana em dias de ondas grandes.

A ASTFSM (com o apoio da ATOW-INJ) apoia a decisão dos pescadores de proibir o tow-in durante a temporada de pesca e auxilia na divulgação e na fiscalização desta decisão. A ASTFSM somente autoriza a permanência de moto aquática na beira da praia (ou na região do inside) para a salvaguarda dos surfistas, sendo utilizado para casos de resgate como o de rompimento de cordinha, quebra de prancha, mal súbito, etc. Em casos de mar extremo, sem canal, a moto aquática ainda poderá auxiliar o surfista a não ser levado pela corrente que conduz para trás da ilhota, prezando, mais uma vez pela segurança.